Por
Sonia Jordão
Uma
empresa, necessitando obter bons resultados, contrata um líder que demonstra
ter conseguido bons resultados em outra organização. No início do trabalho,
todos ficam satisfeitos, mas, com o passar do tempo, os resultados alcançados
vão ficando cada vez mais distantes das metas. Tentando entender porque esses
líderes não conseguem mais os bons resultados, algumas vezes, nós verificamos
que eles ainda lideram na base do ‘comando e controle’, além de serem
explosivos na sua forma de agir. Acreditam que para se atingir as metas é
preciso impor sua vontade, mandar as pessoas fazerem algo. Quando os resultados
não são aqueles esperados, são demitidos e ficam sem entender o que aconteceu.
Em
função de seu temperamento explosivo, quando alguém na sua equipe erra, ele
grita, trata o outro de forma autoritária. Às vezes, suas atitudes estão tão
enraizadas, que ele age de forma automática, até sem notar. Mas,
independentemente de ter ou não razão em relação ao erro do outro, de ser ou
não superior hierarquicamente, eles não podem tratar ninguém dessa forma.
Ao
analisar suas atitudes, percebemos que acabam explodindo quando acontece algum
problema mais sério, ou quando se encontram sob grande pressão. Quando fica
nervoso, ele grita e, outras pessoas presenciam o que acontece. Isso acaba por
deixar a pessoa repreendida com a auto-estima baixa, já que ninguém gosta de
ter seus erros mostrados na frente de outras pessoas. A conseqüência disso pode
ser a diminuição da motivação. Uma máxima da liderança é: “elogie em público e
critique em particular”.
Outras
vezes, o líder até consegue bons resultados, mas com uma rotatividade muito
grande. Isso porque em curto prazo o autoritarismo funciona. Só que, na primeira
oportunidade, aquele que se considera subjugado, busca outra organização para
trabalhar.
Buscando
por soluções, descobrimos que em um ramo da psicologia se classifica as pessoas
em função de seu temperamento. Normalmente, todos nós temos características de
quatro elementos: colérico, sanguíneos, fleumáticos e melancólicos. É isso que
nos faz agir de uma forma ou de outra, na maioria das situações e, geralmente,
há a tendência de um deles predominar na personalidade. Líderes explosivos
possuem como temperamento predominante o tipo colérico.
Para
entender os temperamentos veja, por exemplo, a forma como reagimos quando vemos
o caminho bloqueado por uma pedra: As pessoas chamadas “coléricas” se lançam
contra a pedra para esmurrá-la. Enquanto que os “sanguíneos” pulam o obstáculo,
como se ele não existisse. Já os “fleumáticos”, param, sentam e ficam
analisando a decisão a tomar. E, por fim, os chamados “melancólicos” não se
contêm, apenas choram e lamentam a situação.
As
pessoas de temperamento colérico se destacam por ser aquelas de emoções fortes.
Geralmente, são explosivas, impacientes, agressivas, orgulhosas,
auto-suficientes e autoritárias. Olhando o lado positivo do temperamento vemos
que, também são ousadas, dinâmicas, autoconfiantes, práticas, decididas,
otimistas e, na maioria das vezes, não se amedrontam diante das adversidades e
consideram os problemas como desafios. Quando não têm o que fazer, inventam.
Esse costuma ser o temperamento dos revolucionários e de grandes
empreendedores. Possuem paixão pelo desconhecido, gostam de estar em ação e
normalmente não se cansam facilmente. E, em muitos casos, tornam-se grandes
líderes.
Se
você é do tipo colérico, quando sentir muita raiva, é bom primeiro pensar
porque o outro disse algo ou agiu assim e fazer o possível para não se deixar
dominar pela raiva. Sabemos que é possível mudar o comportamento de uma pessoa.
Basta que ela queira. A primeira providência a ser tomada é tomar consciência
da necessidade de mudança em suas atitudes, enxergar que está agindo de forma
errônea.
Claro
que não é fácil. A mudança precisa começar dentro de si mesmo. Isso,
certamente, levará a equipe a conseguir melhores resultados. Muitos
profissionais não mudam porque não sabem que precisam mudar.
É
bom seguir o conselho de Sócrates: “Conheça a ti mesmo”. Assim é possível
descobrir quais são suas características e, com isso, saber quais são suas
principais virtudes e defeitos. Compreender as atitudes dos jovens de hoje
também é fundamental ― eles não estão acostumados a serem “mandados”, querem
entender o que deve ser feito e não simplesmente fazer porque alguém determina.
Os jovens dessa nova geração querem ser participativos, se sentir úteis e
responsáveis. É preciso aprender a canalizar a agressividade para o bem.
Sonia Jordão é especialista em liderança,
palestrante e escritora, com centenas de artigos publicados. Autora
dos livros: “A Arte de Liderar” – Vivenciando mudanças num mundo globalizado,
“E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo”, “E agora, Lívia?
– Desafios da liderança” e de “E agora, Alex? Liderança, talentos, resultados”.
Co-autora dos livros “Ser + com T & D” e “Ser + com palestrantes campeões”.
Sites:
www.soniajordao.com.br, www.tecerlideranca.com.br.
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