segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Algumas razões para trabalhar em equipe

Por Sonia Jordão

“Por trás de um homem competente há sempre outros homens.” (provérbio chinês)

Começo este artigo com algumas razões que justificam a montagem de uma equipe de trabalho dentro da empresa:

  • Embora queiram, os gerentes não podem tomar todas as decisões, porque o trabalho está ficando complexo demais.
  • O know-how é de domínio de algumas pessoas que possuem esse conhecimento específico e são elas que fazem o trabalho.
  • Está ficando difícil fazer o trabalho individualmente. A produtividade está inadequada, a comunicação não tem sido boa e começam a existir conflitos que abalam o moral.
  • O tempo para executar a tarefa é pequeno e não dá para aguardar até que alguém diga o que fazer.
  • Várias pessoas pensam que se sentiriam melhor no trabalho se pudessem opinar sobre como as coisas devem ser feitas, se assumissem as responsabilidades pelo aperfeiçoamento do produto e do processo de trabalho.
  • As pessoas estão constantemente precisando trocar ideias dentro da organização, porém em setores diferentes.
  • A mudança da organização é uma realidade. Com as novas tecnologias a formação de equipes é o próximo passo.
  • Com a competitividade atual do mercado, as organizações que não trabalharem em equipe ficarão para trás. Novas organizações precisam ser mais criativas, flexíveis e eficazes.
  • Com o trabalho em equipe os resultados são melhores. É necessário aprimorar continuamente a qualidade e reduzir custos dos produtos.
O trabalho em equipe influencia e modifica a organização como um todo. Nesse sentido, há dois tipos de organizações: as tradicionais e as baseadas em equipes.

Nas organizações tradicionais, as informações são controladas rigorosamente e, em alguns casos, chegam a ser confidenciais, disponíveis para uso apenas por alguns poucos escolhidos. Nesse tipo de organização, o que o chefe pensa e diz determina o desempenho de cada pessoa e o trabalho é organizado em torno de funções e departamentos. Há vários gerentes que controlam o poder e o trabalho dos outros, enquanto decidem os rumos da organização. Cada colaborador realiza uma função e tem uma responsabilidade muito limitada. As recompensas e o reconhecimento são baseados no desempenho individual, mesmo os gerentes compartilhando do sucesso financeiro da organização, este não chega aos baixos escalões.

Além disso, o comportamento e as decisões das pessoas são determinados por regras, procedimentos e políticas. O controle e a melhoria da qualidade ficam sob a responsabilidade da gerência ou dos especialistas em controle da qualidade. E a maioria do trabalho é realizada por indivíduos que têm pouco controle sobre seus métodos e processos de trabalho.

Muito diferente é a organização baseada em equipes. Nesse tipo de organização, a partilha de informações é vista como necessidade e responsabilidade de todos. O desempenho da equipe é impulsionado pelas exigências dos clientes internos e externos. Todo o trabalho é interfuncional, projetado para que as equipes sintam que possuem um cliente ou produto. A responsabilidade e a liderança são compartilhadas com aqueles mais próximos no trabalho. Cada membro da equipe desempenha várias funções.

As recompensas e o reconhecimento são compartilhados e baseados no desempenho da equipe ou da organização. O comportamento e as decisões da equipe são influenciados pela visão e pelos valores da empresa. A melhoria da qualidade é incluída no trabalho de todo dia e é de responsabilidade de todos, devendo ser praticada continuamente. As equipes possuem um grande grau de liberdade, principalmente na tomada de decisões sobre a melhor maneira de fazer o seu trabalho.

Agora, atente: atualmente, o maior diferencial competitivo é o capital intelectual. Precisamos aprender a trabalhar em equipe, fazer desabrochar o potencial de cada pessoa, aprender a viver com as diferenças e extrair o melhor da diversidade que existe dentro da organização. É preciso entender que ao trabalhar em equipe temos mais chances de superar nossos limites.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecernegocios.com.br, www.umnovoprofissional.com.br, www.tecerlideranca.com.br, www.editoratecer.com.br.


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2 comentários:

  1. Muito bom esse texto, apresentei ele na aula de "Comunicação e Negociação Empresarial", a qual gerol muitos comentario.

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  2. Oi, Leilinha
    Obrigada pelo elogio. Fico feliz em saber que você e seus alunos gostaram do artigo.
    Abraços!

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