quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Entendendo um pouco mais as organizações

Acredito que mudar e crescer são imperativos no mundo dos negócios. As Empresas que não pensarem dessa forma correm sérios riscos no mercado atual, cada vez mais competitivo. É preciso fazer mais e melhor, gastando cada vez menos.
E, para crescer, é preciso possuir uma estratégia bem consolidada de produtividade, relacionamentos e qualidade, que será como uma mola propulsora da diferenciação da Empresa frente a seus concorrentes, possibilitando que se obtenha a liderança em seu negócio.
As Empresas não podem mais se dar ao luxo de não serem produtivas. Hoje é impossível repassar para os preços a incompetência administrativa ou a falta de produtividade. Os clientes estão mais exigentes, porque sabem que podem exigir. Se uma Empresa não atende a seus padrões ou a suas necessidades básicas de qualidade, eles simplesmente procuram outro fornecedor.
As Organizações não podem simplesmente cumprir as tarefas: precisam otimizar o uso dos recursos ao cumprir as tarefas. Para conseguir isso o processo de produtividade deve estar enraizado nos colaboradores, eles precisam estar envolvidos, comprometidos e ser participativos.
As pessoas devem sentir orgulho do local onde trabalham. É preciso que a Organização tenha visão e objetivos estratégicos e que isso seja divulgado para todos os colaboradores. Assim, todos terão uma inspiração para dar o melhor de si.
Uma outra situação normal nas Organizações é a existência das relações informais. Essas não representam apenas associações e conversas amigáveis sem ligação com o trabalho. Estudos têm mostrado que elas representam um papel importantíssimo nas atitudes das pessoas em relação ao trabalho, aos superiores e à Empresa. De fato, os controles mais poderosos exercidos sobre os indivíduos estão nas mãos dos colaboradores e são expressos através da estrutura informal.
Vemos, assim, equipes de trabalho decidindo sobre os padrões apropriados de rendimento do trabalho, empenhando-se para que cada novato compreenda e adote esses padrões não oficiais. Além disso, muitas vezes os padrões estabelecidos pelo grupo não estão de acordo com os estabelecidos pela direção. Como resultado, esta sente que a estrutura informal é algo que ela não determinou, não pode controlar e está constantemente interferindo nas operações da Empresa e ainda barrando os planos da direção. Infelizmente, ou felizmente, a relação informal é uma das características das Organizações humanas: pode ser compreendida e modificada, mas não extinta. A direção precisa saber trabalhar com os líderes informais, aqueles da rádio peão, das fofocas. Aqueles que convencem os outros a agirem em direção contrária à determinada pelos líderes formais.
Uma Empresa que quer ser líder em qualquer segmento precisa se preocupar com as comunicações interna e externa. Todos os mecanismos para agilizar a comunicação devem ser incrementados. O diálogo deve ser uma constante entre os colaboradores, entre os líderes e os membros de suas equipes, e entre a direção e todos os colaboradores da Organização.
Não importa se a comunicação é oral ou escrita. É imprescindível que se use quadros de aviso, cartazes, comunicados internos, telefone, computador, jornais de circulação interna, reuniões formais ou informais, enfim qualquer meio, mas se assegure de que as pessoas recebam e entendam a mensagem que lhes é passada. O que não deve acontecer é ações deixarem de ser realizadas por falta de informação.
É bom incentivar a participação de todos os colaboradores na geração e implantação de novas idéias. À medida que os colaboradores participam, eles se sentem comprometidos e podem surgir idéias brilhantes, coisas que os líderes de equipe e a direção às vezes nunca haviam pensado. Existe Empresa excepcional? Competitiva? Certamente.
Existem várias Organizações em constante transformação e comprometidas com a excelência de seus serviços.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e escritora, com centenas de artigos publicados.  Autora dos livros: “A Arte de Liderar” – Vivenciando mudanças num mundo globalizado, “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo”, “E agora, Lívia? – Desafios da liderança” e de “E agora, Alex? Liderança, talentos, resultados”. Co-autora dos livros “Ser + com T&D” e “Ser + com palestrantes campeões”.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

É dando que se recebe

A vida tem me mostrado que somos premiados com o aumento de nosso conhecimento quando compartilhamos o que sabemos. Um amigo me disse uma vez que colhemos o que plantamos em maior quantidade e na mesma espécie. Então, primeiro procuro ajudar os outros e, com isso, tenho observado que sou ajudada por eles sempre que preciso.
Quando coordenei a implantação da ISO 9000 em uma indústria, em Minas, o consultor que nos ajudou na preparação da empresa para a certificação trabalhava, também, para outras duas empresas. Fiquei conhecendo as outras coordenadoras da qualidade e aí fazia o seguinte: sempre que preparava um novo documento enviava para elas via e-mail. Elas melhoravam o que eu tinha escrito, faziam as adaptações relativas à suas empresas e me enviavam de volta. Assim, eu via as oportunidades de melhorias para o que já fazia e implementava. Isso, porque tinha a visão e experiências de outras pessoas.
Também começamos a trocar auditores da qualidade e com isso, além de nos treinarmos como auditores, as empresas auditadas tinham uma visão de alguém de fora que passava sugestões de melhorias. Conclusão: as três empresas foram certificadas num prazo de 9 a 11 meses e o sistema de qualidade de todas ficou muitas vezes melhor do que se tivesse sido feito sem essa troca de informações. Além de tudo isso, fortes laços de amizade surgiram como fruto dessa época.
Li um texto muito interessante que dizia: “se duas pessoas se encontram e cada uma dá a outra um pão, cada uma continuará com um pão, mas se trocarem uma idéia cada pessoa sairá com duas idéias”. Então, percebi que passar minhas idéias só iria me trazer novas aumentando as minhas, ajudando no meu crescimento pessoal.
Há que se considerar que a vida é cheia de altos e baixos em todos os campos, por isso, nos períodos bons precisamos nos preparar e nos guardar para os períodos ruins. Além do mais, a grande diferença entre os homens e os animais é que temos a opção de escolha. Precisamos aprender a trabalhar com isso em todos os momentos de nossas vidas. É bom escolhermos a felicidade, o amor, a alegria e a riqueza ao invés da infelicidade, do ódio, das tristezas e da pobreza.
Acredito, também, que preciso dar sem esperar o retorno, dar em primeiro lugar, porque é dando que se recebe!
 
 
Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e escritora, com centenas de artigos publicados.  Autora dos livros: “A Arte de Liderar” – Vivenciando mudanças num mundo globalizado, “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo”, “E agora, Lívia? – Desafios da liderança” e de “E agora, Alex? Liderança, talentos, resultados”. Co-autora dos livros “Ser + com T&D” e “Ser + com palestrantes campeões”.